Dinarte Farias e secretário Sérgio Lima reforçam apelo por medidas urgentes para socorrer o setor agrícola
O vice-prefeito de Getúlio Vargas, Dinarte Afonso Tagliari Farias, e o secretário de Obras, Sérgio Lima, estiveram em Porto Alegre nesta segunda-feira (16) para participar da mobilização promovida pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), que reuniu lideranças municipais, estaduais e federais em busca de soluções para o crescente endividamento rural no estado.
O encontro, realizado na sede da entidade, contou com a presença de vice-prefeitos, prefeitos, parlamentares, entidades do setor agropecuário e representantes do governo estadual. A mobilização resultou em dois documentos oficiais: uma carta aberta ao Governo Federal, com propostas concretas de enfrentamento à crise, e um relatório executivo com dados e sugestões elaboradas por inteligência artificial, que servirá de subsídio para gestores municipais.
O vice-prefeito Dinarte destacou a importância da participação de Getúlio Vargas neste movimento coletivo: “O nosso município é essencialmente agrícola. O setor primário é o motor que movimenta o comércio, sustenta a arrecadação e garante o sustento de centenas de famílias. Passamos por estiagens, enchentes, agora por geadas severas que devastaram lavouras inteiras. O colono tem sofrido, e é nosso dever estar junto, buscando alternativas”, afirmou.
Dinarte lembrou ainda que o município já participou ativamente de outras frentes, como a Marcha dos Prefeitos em Brasília, encontros com a bancada gaúcha e mobilizações locais. “Estivemos em Brasília, estivemos com os deputados federais, estivemos nas manifestações do trevo sul de Getúlio Vargas. Não é hora de omissão, é hora de agir e de mostrar que estamos ao lado de quem trabalha no campo”, reforçou.
Durante a mobilização, foi ressaltado que apenas em 2024, as enchentes afetaram diretamente mais de 200 mil propriedades rurais no Rio Grande do Sul, com perdas estimadas em R$ 4,1 bilhões na agricultura. Desde 2020, os prejuízos acumulados já ultrapassam R$ 92 bilhões.
A carta da Famurs defende, entre outras medidas, o alongamento das dívidas dos produtores por 20 a 25 anos, com juros limitados a 3%, além da criação de um fundo garantidor para operações de crédito rural, investimentos em irrigação e armazenamento e a facilitação da importação de insumos.
A mobilização da Famurs reforça o apelo unificado dos municípios por uma resposta urgente do Governo Federal e sinaliza um caminho coletivo na luta pela sobrevivência do produtor rural e pela recuperação da economia gaúcha.
